sexta-feira, 17 de outubro de 2008

A suposta morte da Enfermagem...


Depois de muito refletir sobre as questões profissionais, receio em pensar na suposta morte da Enfermagem...Onde somos o núcleo celular de uma sociedade que vive em precárias condições em todos os níveis básicos, porém, muitas vezes nem nos damos conta de nossa importância. Não a importância do custo de nossos serviços, mas a importância como profissionais e equipe.
Durante meu último ano letivo tive que palestrar diversas vezes e dessas vezes meu assunto preferido sempre era Humanização e Relacionamento Interpessoal, durante uma palestra bem prestigiada por todos, minha mentora me orientou que quando formada continuasse com meu trabalho de orientar clientes e equipes. Achei que seria fácil, que esse seria meu ideal. Hoje, já não tenho mais a certeza de antes. Diante da realidade da profissão e das pessoas desmotivadas, já não faço ouvir minha voz,mas tento!Infelizmente no final de tudo, ouço falar que ser amigo de meus técnicos não pode! Que tentar ser gentil com outrem, não pode! Que ter respeito não pode!...Até chego a pensar assim, mas não aceito que essa seja a única verdade.
E agora!? O que pode afinal?
Não ter vergonha de agir como se eu não soubesse que minha escolha implicaria em sacrifícios. Que as pessoas são incapazes de ter a reação após a ação de um sorriso. Que se eu me mostrar igual, apenas com responsabilidades diferentes de minha equipe os mesmos vão achar que podem abusar de minha boa vontade...
É! É difícil aceitar ser um profissional completo assim, parece que sempre faltará uma alfinetada para que as coisas funcionem.
Não consigo visualizar a luz no fim do túnel, o suspiro ou a vontade de viver da minha Enfermagem. Quando tenho que provar para meus colegas que sou tão boa no que faço quanto eles, mas tenho minhas limitações também. Quando ouço dos técnicos de Enfermagem que eles não têm obrigação de realizar minhas prescrições, que não são subordinados a mim. Que os médicos podem nos ver como se fossemos secretárias com nível superior e incapaz de avaliar a necessidade de instalar um acesso venoso em uma sala de emergência. Que tenho que servir de ponte para outros profissionais que morrem de medo de perguntar sobre a situação de seus pacientes. Que tenho que gerenciar um serviço onde: Se o médico não coloca o registro, se ele erra o nome do paciente, se erra a prescrição médica, se não preenche seus papéis, se não quer sair do conforto para avaliar um paciente grave... A culpa é da Enfermagem! Ufa, ainda faltam outras funções paralelas que exerço, e no final de tudo, somos meros executores de prescrições.
Não!Sou muito mais que isso, sou o coração de qualquer instituição de saúde. Não como único profissional, mas como integrante de uma equipe multidisciplinar que inconscientemente coordeno, e os mesmos nem se dão conta disso.
Haverá um dia em que cada pessoa passará pelas mãos de um enfermeiro, se o mesmo for suficientemente capaz de observar suas ações e sua importância, sua filosofia de vida mudará. Até mesmo alguns enfermeiros desavisados passarão por isso. Por enquanto, vamos levando a vida, como se o outro não fizesse parte de mim, porque no dia em que eu cair, talvez não haja alguém com quem eu possa contar.

"Amor e Luz" Autores: W. Luz / n. Farias


Amor e Luz
A mão que toca e faz
A dor fica menor
O seu olhar afaga

Amor e Luz
No silêncio das noites
O guardião da vida
Basta você chamar

Vive a vida
Pra tantas vidas
Muitas vezes sem saída
Nem o tempo cura as vezes essas feridas
Mas um sedativo é sempre o ombro amigo
Nem o tempo cura as vezes essas feridas,
Mas um sedativo é sempre o ombro amigo

O Enfermeiro, a Enfermeira
Transcendem suas lutas pelos leitos
O Enfermeiro, a Enfermeira
Já é eleito em nossos corações amor e luz

Amor e Luz
Amor e Luz, uma bandeira branca avisa
A vida sempre vale mais
Amor e Luz
Amor e Luz, chama acesa
Vida em tantos hospitais

Vive a vida...

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Motivação


Dizem-nos autores como Chiavenato, que o envolvimento e a colaboração dos indivíduos numa organização são aspectos fundamentais para que se tenha sucesso. Para tal, é indispensável investir na motivação e no desenvolvimento de um bom clima organizacional. Isto porque uma pessoa motivada tem atitudes dinâmicas e fica facilmente disposta a intervir, dando menos relevância aos obstáculos do que aos objetivos pretendidos.
Também o papel de líder e o estilo de liderança do grupo de trabalho são fundamentais para o bom desenvolvimento e crescimento de uma equipe.
Podemos então concluir que, se estamos perante alguém motivado e com um bom ambiente de trabalho, é provável que os resultados daquilo que faz sejam bons.
Parece muito simples, ao ler alguma bibliografia sobre este assunto, saber quais os elementos necessários para ter indivíduos motivados. Mas, tentando passar à prática, a situação complica-se... Os fatores constrangedores são mais que muitos.
Porque é que quando atuamos em grupo, mesmo que seja para melhorarmos as nossas condições de trabalho, somos tão resistentes à mudança?